domingo, 27 de julho de 2014

PRESENTEÍSMO: A Praga dentro das Organizações

Funcionários "doentes", ainda que não saibam que estão, secam a produtividade gerando despesas à empresa. Presenteísmo, a "erva daninha" de dentro das organizações.

Você deve conhecer, ou, conheceu algum colega de trabalho que está ausente na presença, não conseguindo desempenhar suas atividades com criatividade, sem ter a mínima condição de manter a produtividade, prejudicando o andamento dos negócios. Estão presentes, comparecem ao local de trabalho, no entanto, vários aspectos o impedem de manter o equilíbrio entre vida e produtividade. Trabalhar "doente" configura o Presenteísmo. Independente da natureza da "doença".

Geralmente, o funcionário não percebe ou nao tem a consciência de que não está em condições de trabalhar, debilitados, se sentem cansados, desanimados, irritados...
Dentre esses motivos, doenças infecciosas como a gripe e a sinusite ou desvios psicoemocionais como estresse, depressão, problemas domésticos, mau relacionamento com chefes e desmotivação, trabalhos mecanizados, exigencias de uma postura robotizada, vigilância contínua, o funcionário nao pode ter uma dor de barriga ou de cabeça, que passa a ser considerado "mole", "anda muito pela empresa" ou até mesmo, "não trabalha", pelo simples fato de ter saído por uns minutos de sua mesa de trabalho para respirar, são os mais comuns. Vale ressaltar o acúmulo de funções, fazem com que o funcionário esteja de ‘corpo presente’, porém não seja produtivo, emitindo dentro dele mesmo sentimento de sobrecarga psiquica contextual, onde a tendência é a queda da criatividade, inovação e vontade.

Muito se fala em qualidade de vida nas empresas. Contudo, poucas são aquelas que investem nisso. Ainda existem no mercado muitas empresas que procuram coibir faltas por meio do vínculo entre a presença do funcionário e seu desempenho, o que é um "tiro no pé".

Tanto o presenteísmo e o absenteísmo nos remete àquele funcionário que  desempenha suas atividades com produtividade abaixo do normal, os dois conceitos configuram "falta", sendo o absenteísmo, ausencia, por motivos semelhantes ao presenteísmo. Entre o absenteísmo e o presenteísmo, o primeiro é muito mais fácil de ser notado. Os profissionais de recursos humanos se preocupam mais com ele porque conseguem contar quantas vezes um funcionário faltou no mês.

Mesmo que inconsciente, quem pratica o presenteísmo costuma ser muito mais prejudicial à empresa, pois pode trabalhar um dia inteiro e não produzir nada.


É POSSÍVEL PREVENIR?

 Pode ser que seja um desafio, porém, não é missão impossível. É uma missão tanto do funcionário quanto da empresa.
O papel do funcionário é perceber a si mesmo, notar quando não estiver bem, perceber o mundo e como tem feito para lidar com ele, quais estratégias tem utilizado... Chegar à consciencia do seu estado emocional já é um grande passo dado a desvendar a causa do problema. Descobrindo causas, podendo tratá-la.
Crie uma agenda de atividades para coibir o presenteísmo. Dentre eles, delegar as atividades e aprender a dizer ‘não’ – alternativas que nem todos conseguem adotar. Porém, fazer pausas curtas para descansar, aprender técnicas de relaxamento psico-somático, ler um bom livro, e priorizar a qualidade de vida são dicas que podem ser executadas pela maioria das pessoas, como por exemplo, fazer atividade fisica que dê prazer, que te faça desligar-se um pouco do mundo externo e faça introspecção. Conecte-se a Deus!

O mais importante nisso tudo é que as organizações de trabalho estejam sempre atentas e alertas à saúde de seus funcionários, afinal de contas, somos coletivo e ao mesmo tempo indivíduo, essa leitura que a organização pode ser capaz de fazer é fundamental.

Até a próxima,
Julliana Maiolino.

6 comentários:

  1. Falta de autoconhecimento, falta de objetivos, de um ideal, motivação e compromisso com aquilo que se propôs a fazer, configura presenteísmo.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Excelente artigo, Juliana Maiolino! Este tema tem sido relegado ao esquecimento por muitas organizações de renome, as quais perderam ou estão prestes a perder a visão de que as organizações são formadas por seres humanos, que tem sentimentos, sonhos, frustações, necesidades, que anseiam por mudanças e que precisam de ajuda, em determinados momentos, para retomarem a caminhada e de modo que a sua presença no ambiente de trabalho, seja de corpo, alma e espírito, exercendo o seu ofício com alegria, produtividade e tendo com resultado do seu empenho o reconhecimento profissional.
    PARABÉNS!

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  4. Desde quando psicóloga é considerada Doutora?? A menos que tem feito Tese.

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  5. Parabéns Juliana, artigo muito interessante. Em minha opinião o presenteísmo deve ser identificado pelo funcionário e pela empresa em conjunto, uma vez que grande parte dos casos atuais desta "doença" são criados pelas ações do famoso "mundo corporativo".

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  6. Muito interessante o artigo. É na verdade uma via de mão dupla, pois tanto o indívíduo deve analisar-se e tentar resolver seus problemas de foro emocional ou de carreira como a empresa deve de fato estar disposta a ouvi-lo como ser humano...Ninguém trabalha, hoje em dia, pensando apenas na sobrevivência, as pessoas precisam sentir que estão num ambiente propício ao seu crescimento também. Creio que de maneira planejada as organizações precisam inserir as pessoas no seu percentual desejado de crescimento e proporcionar a elas um ambiente competitivo e no qual possam desfrutar de seus méritos.

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