domingo, 6 de maio de 2012

Por que preciso do RH

 - Crédito: Thinkstock


Com a palavra Lywal Salles, diretor-presidente da UBs Brasil Holding Financeira

Um ano e meio após vender sua participação no banco Pactual e selar sua saída do Brasil, o banco suíço UBS decidiu voltar ao país. Hoje, a filial já tem 320 profissionais e se programa para chegar a 600 até o fim de 2012. Para montar essa estrutura, uma das primeiras pessoas que Lywal Salles, presidente do UBS no Brasil, contratou foi Claudia Portella Perrone, a diretora de RH. Foi ao lado de Claudia que Salles deu explicações à imprensa quando, em setembro, o banco descobriu uma perda mundial de 2,3 bilhões de dólares causada por transações não autorizadas realizadas por um operador. Como Salles diz, "serviço é gente" — e depende do RH para contratar as pessoas certas, que atenderão bem aos clientes e trarão retorno aos acionistas. Sem fraudes.

"Há muitos anos, tenho o diretor de recursos humanos como um dos meus mais próximos colaboradores. Confio tanto nos meus RHs que já tive um que acabou me sucedendo em uma linha de negócios, e um outro que, de tão necessário às minhas decisões diárias, sentava junto à porta da minha sala. Como na minha carreira dediquei muitos anos ao setor de serviços financeiros, meu desempenho sempre dependeu das pessoas. Serviço é gente! E eu sempre tive a sorte de ter um bom RH como meu braço direito.

Uma das responsabilidades de um CEO é a formação e a manutenção de sua equipe — atividades que exigem um profissional de RH dedicado e competente, já que ele é o elo entre a estratégia e a tática, além de funcionar como um canal de comunicação entre funcionários e liderança. A resultante dessa parceria é a satisfação dos funcionários, dos clientes e, é claro, dos acionistas. Nessa ordem mesmo, uma implicando a outra. Pessoas felizes tratam os clientes bem, se esforçam em resolver seus problemas, são proativos. Clientes bem atendidos fazem negócios de maior montante e os repetem com mais frequência, gerando mais receitas e melhores resultados, que, por sua vez, valorizam o preço das ações, alegrando os acionistas.

O gestor de RH é também o que eu chamo de ‘ouvidos da organização’. Ele avalia o humor da equipe e ajuda o Comitê Executivo, do qual faz parte, a lidar melhor com os anseios, as insatisfações e as preocupações das pessoas e, consequentemente, com o seu desempenho e a sua produtividade. O gestor de pessoas é crítico para o sucesso de um CEO — e de uma empresa. Ele deve ser sempre alguém em quem os funcionários confiam, percebido como imparcial, conhecedor do negócio, dos vetores de rentabilidade e, acreditem, conhecedor profundo da personalidade do CEO. Ele deve ter um pouco de psicólogo, de administrador, de comunicador, de financeiro, de planejador. Deve saber construir um ambiente competitivo, no qual todos entendam para onde vão, por que vão, como chegar lá e o que encontrarão no fim dessa jornada.

Por que eu preciso de um RH? Porque um CEO só será lembrado como um líder se na sua equipe tiver existido um verdadeiro líder responsável pelas pessoas."Um ano e meio após vender sua participação no banco Pactual e selar sua saída do Brasil, o banco suíço UBS decidiu voltar ao país. Hoje, a filial já tem 320 profissionais e se programa para chegar a 600 até o fim de 2012. Para montar essa estrutura, uma das primeiras pessoas que Lywal Salles, presidente do UBS no Brasil, contratou foi Claudia Portella Perrone, a diretora de RH. Foi ao lado de Claudia que Salles deu explicações à imprensa quando, em setembro, o banco descobriu uma perda mundial de 2,3 bilhões de dólares causada por transações não autorizadas realizadas por um operador. Como Salles diz, "serviço é gente" — e depende do RH para contratar as pessoas certas, que atenderão bem aos clientes e trarão retorno aos acionistas. Sem fraudes.

"Há muitos anos, tenho o diretor de recursos humanos como um dos meus mais próximos colaboradores. Confio tanto nos meus RHs que já tive um que acabou me sucedendo em uma linha de negócios, e um outro que, de tão necessário às minhas decisões diárias, sentava junto à porta da minha sala. Como na minha carreira dediquei muitos anos ao setor de serviços financeiros, meu desempenho sempre dependeu das pessoas. Serviço é gente! E eu sempre tive a sorte de ter um bom RH como meu braço direito.

Uma das responsabilidades de um CEO é a formação e a manutenção de sua equipe — atividades que exigem um profissional de RH dedicado e competente, já que ele é o elo entre a estratégia e a tática, além de funcionar como um canal de comunicação entre funcionários e liderança. A resultante dessa parceria é a satisfação dos funcionários, dos clientes e, é claro, dos acionistas. Nessa ordem mesmo, uma implicando a outra. Pessoas felizes tratam os clientes bem, se esforçam em resolver seus problemas, são proativos. Clientes bem atendidos fazem negócios de maior montante e os repetem com mais frequência, gerando mais receitas e melhores resultados, que, por sua vez, valorizam o preço das ações, alegrando os acionistas.

O gestor de RH é também o que eu chamo de ‘ouvidos da organização’. Ele avalia o humor da equipe e ajuda o Comitê Executivo, do qual faz parte, a lidar melhor com os anseios, as insatisfações e as preocupações das pessoas e, consequentemente, com o seu desempenho e a sua produtividade. O gestor de pessoas é crítico para o sucesso de um CEO — e de uma empresa. Ele deve ser sempre alguém em quem os funcionários confiam, percebido como imparcial, conhecedor do negócio, dos vetores de rentabilidade e, acreditem, conhecedor profundo da personalidade do CEO. Ele deve ter um pouco de psicólogo, de administrador, de comunicador, de financeiro, de planejador. Deve saber construir um ambiente competitivo, no qual todos entendam para onde vão, por que vão, como chegar lá e o que encontrarão no fim dessa jornada.

Por que eu preciso de um RH? Porque um CEO só será lembrado como um líder se na sua equipe tiver existido um verdadeiro líder responsável pelas pessoas."Um ano e meio após vender sua participação no banco Pactual e selar sua saída do Brasil, o banco suíço UBS decidiu voltar ao país. Hoje, a filial já tem 320 profissionais e se programa para chegar a 600 até o fim de 2012. Para montar essa estrutura, uma das primeiras pessoas que Lywal Salles, presidente do UBS no Brasil, contratou foi Claudia Portella Perrone, a diretora de RH. Foi ao lado de Claudia que Salles deu explicações à imprensa quando, em setembro, o banco descobriu uma perda mundial de 2,3 bilhões de dólares causada por transações não autorizadas realizadas por um operador. Como Salles diz, "serviço é gente" — e depende do RH para contratar as pessoas certas, que atenderão bem aos clientes e trarão retorno aos acionistas. Sem fraudes.

"Há muitos anos, tenho o diretor de recursos humanos como um dos meus mais próximos colaboradores. Confio tanto nos meus RHs que já tive um que acabou me sucedendo em uma linha de negócios, e um outro que, de tão necessário às minhas decisões diárias, sentava junto à porta da minha sala. Como na minha carreira dediquei muitos anos ao setor de serviços financeiros, meu desempenho sempre dependeu das pessoas. Serviço é gente! E eu sempre tive a sorte de ter um bom RH como meu braço direito.

Uma das responsabilidades de um CEO é a formação e a manutenção de sua equipe — atividades que exigem um profissional de RH dedicado e competente, já que ele é o elo entre a estratégia e a tática, além de funcionar como um canal de comunicação entre funcionários e liderança. A resultante dessa parceria é a satisfação dos funcionários, dos clientes e, é claro, dos acionistas. Nessa ordem mesmo, uma implicando a outra. Pessoas felizes tratam os clientes bem, se esforçam em resolver seus problemas, são proativos. Clientes bem atendidos fazem negócios de maior montante e os repetem com mais frequência, gerando mais receitas e melhores resultados, que, por sua vez, valorizam o preço das ações, alegrando os acionistas.

O gestor de RH é também o que eu chamo de ‘ouvidos da organização’. Ele avalia o humor da equipe e ajuda o Comitê Executivo, do qual faz parte, a lidar melhor com os anseios, as insatisfações e as preocupações das pessoas e, consequentemente, com o seu desempenho e a sua produtividade. O gestor de pessoas é crítico para o sucesso de um CEO — e de uma empresa. Ele deve ser sempre alguém em quem os funcionários confiam, percebido como imparcial, conhecedor do negócio, dos vetores de rentabilidade e, acreditem, conhecedor profundo da personalidade do CEO. Ele deve ter um pouco de psicólogo, de administrador, de comunicador, de financeiro, de planejador. Deve saber construir um ambiente competitivo, no qual todos entendam para onde vão, por que vão, como chegar lá e o que encontrarão no fim dessa jornada.

Por que eu preciso de um RH? Porque um CEO só será lembrado como um líder se na sua equipe tiver existido um verdadeiro líder responsável pelas pessoas."

Fonte: Revista VOCE/SA - Editora Abril, 2012.

A vez do RH

Cresce a procura por profissionais de RH. A demanda vem de múltis e de empresas médias e familiares que querem se profissionaliza

Crescimento, consolidação e profissionalização. Desde meados de 2009, no pós-crise, esses têm sido os três principais motivos fundamentais para as empresas brasileiras e estrangeiras que chegam ao país voltarem a contratar profissionais de recursos humanos. Atualmente, garantem os especialistas, a área é das mais promissoras do mercado. De acordo com pesquisa da DBM, consultoria de gestão de capital humano, foram demandados 37% mais profissionais da área nos primeiros três meses de 2010 em relação ao mesmo período de 2009.

Para o administrador Eduardo Baccetti, sócio da 2Get, consultoria especializada em recrutamento de executivos, de São Paulo, a procura por especialistas em criar políticas e processos de gestão de pessoas é resultado da demanda de três tipos de empresas: as estrangeiras que chegam ao Brasil, as médias e as familiares em fase de profissionalização. Segundo José Augusto Figueiredo, executivo-chefe da operação da consultoria DBM para a América Latina, além dessas novas vagas, há a rotatividade natural que movimenta ainda mais o setor. As necessidades dessas novas empresas na hora de buscar um nome forte de RH são bem claras. “As companhias querem um profissional com visão global de negócios”, diz Eduardo, da 2Get.

Ele completa que, isoladamente, a formação exclusiva de psicólogo ficou obsoleta. “Em geral, encontramos essa pessoa dentro da área comercial, de engenharia ou administração”, diz. O candidato mais cobiçado costuma ser alguém que se identificou com a área de RH, complementou sua formação em administração e está disposto a fazer a migração horizontal dentro da própria empresa.

Segundo o estudo da DBM, a maior procura por esses profissionais resulta também da maior preocupação das empresas com gestão de gente e com os novos cenários de negócios, como a chegada de consumidores das classes C e D. Para isso, mostra a pesquisa, há a necessidade de um profissional mais hábil socialmente e capaz de iniciar e apoiar processos de transição de organizações e de indivíduos.

Em outras palavras, uma pessoa que esteja preparada para conduzir processos de start ups (abrir novas operações) e expatriação, por exemplo. Independentemente da área de atuação da empresa, os consultores garantem que todas buscam um gestor de RH estrategista. “Ele precisa entender não apenas de políticas de RH, mas estar preocupado com a aplicação do plano estratégico”, diz José Augusto Figueiredo.