terça-feira, 23 de novembro de 2010

Inteligencia Emocional Profissional

Pesquisa aponta que medir a inteligência emocional dos funcionários pode indicar a capacidade de trabalhar bem com os colegas

Pesquisadores da Universidade Virginia Commonwealth, dos Estados Unidos, com base em pesquisa realizada recentemente, sugerem que a avaliação da inteligência emocional de um empregado pode ser boa para as empresas. Esta avaliação pode fornecer uma boa indicação do desempenho dos empregados em sua tarefa, além de verificar a capacidade destes de controlar frustrações.
O responsável pela pesquisa, o professor de administração Ronald Humphrey, afirma que “o estudo oferece evidências científicas para corroborar o senso comum de que prestar atenção aos humores e emoções é bom para as empresas".
Os pesquisadores compararam uma década de estudos a respeito do papel da inteligência emocional e comprovaram que a mensuração da inteligência emocional (IE) dos funcionários pode ser muito benéfica por indicar a capacidade de um funcionário de trabalhar bem com os colegas e de liderar.
Um dos testes utilizados na pesquisa avaliou a consciência emocional das pessoas. Outra parte foi a que realizou testes situacionais, em que os participantes são colocados numa situação social e convidados a escolher a emoção mais apropriada. A terceira ferramenta, chamada teste de competência emocional com modelo misto, é mais ampla em sua definição do que as outras duas, e também leva em conta fatores como a empatia pelos outros.
De posse dos resultados, os estudiosos confirmaram que a IE é o segundo fator de maior importância no desenvolvimento profissional, atrás apenas da inteligência cognitiva. "É também um fator em como administrar e liderar. O estudo sugere que uma cultura que valoriza a inteligência emocional e a compreensão das emoções é importante. As pessoas podem liderar com inteligência emocional e ter uma equipe emocionalmente competente", afirmou Humphrey.
De acordo com a psicanalista Leila Spekla, inteligência emocional (IE) é um dos desenvolvimentos mais recentes do entendimento da relação entre razão e emoção. “Diferente da crença tradicional, a contribuição genuína da IE reside no fato de verificar pensamento e sentimento como elementos adaptativos, inteligentemente conectados”.
Leila concorda que a IE é importante em nosso cotidiano. “É razoável assumir que aqueles, com dificuldades em lidar com emoções, terão relacionamentos problemáticos, equilíbrio mental pouco saudável e que isso pode afetar o sucesso profissional. Alguém que não consegue controlar a própria raiva no ambiente de trabalho, irrita os colegas, pode causar alienação por parte do empregador e, na pior das hipóteses, perda do próprio emprego”, diz.
Leila dá algumas dicas práticas de como o conceito de Inteligência Emocional pode ser visto no trabalho:

* Autopercepção - perceber emoções e valores pessoais positivos (pontos fortes), negativos (pontos fracos) ou conflitantes frente a metas, ações e pessoas difíceis;
* Autorregulação emocional - habilidade de dosar a intensidade das expressões emocionais, amortecendo emoções explosivas e intensificando o otimismo em situações de impasse e conflito;
* Motivação - direcionar as emoções na criação e manutenção de um clima de trabalho inspirador que propicie a vivência da missão da empresa e do cumprimento de tarefas de longo prazo mesmo diante de obstáculos;
* Empatia - possibilidade de se por no lugar dos outros e tomar decisões e posturas que considerem os sentimentos alheios, ao mesmo tempo em que se consegue minimizar os danos de opiniões divergentes na solução de problemas;
*- Habilidade interpessoal - comunicar ideias de tal forma que considere positivamente os diferentes pontos de vista, estimulando a intimidade, o reconhecimento mútuo e o espírito de equipe na busca de metas. Isso é essencial no trato com colegas e superiores, além de expandir seu networking.